terça-feira, 26 de junho de 2012

Manifesto Contra o Movimento "Cura Gay"



Um projeto recente da bancada evangélica no congresso propõe a elaboração de uma lei que autorize o financiamento por parte do SUS de um “tratamento” para a cura dos homossexuais.
Muito me surpreende tal ideia, afinal, em pleno século XXI, em que acreditamos ter superado os mais nefastos comportamentos humanos, de um passado maculado pelo preconceito, pela intolerância, da incapacidade de aceitar diferenças, e muito me assusta ver que ainda há pessoas que, assim como os nazistas no século passado, acreditam poder eleger determinados comportamentos como inaceitáveis.
Dirijo essa critica sobretudo à bancada evangélica do congresso, afinal, nada mais triste e até mesmo nojento, repulsivo, do que a incapacidade de certos indivíduos de aceitarem e conviverem pacificamente com aqueles que lhes são estranhos.
Seria o homossexualismo uma doença, um mal a ser combatido, senão por simples preconceito e imposição religiosa? Não seria a ignorância, o preconceito males maiores, e esses sim dignos de serem combatidos?
O homossexualismo é uma escolha, que cabe e só diz respeito ao próprio indivíduo. Os homossexuais não querem, nem devem ser curados. Se há algo digno de cura é o fanatismo religioso, que reina absoluto entre pessoas ignorantes, que justificam seus preconceitos em ensinamentos religiosos quase sempre deturpados por mentes doentias. Foi assim com o movimento ariano, do nazismo alemão, que, em uma mobilização nacional, exterminou milhões de pessoas, simplesmente por se acreditarem superiores e senhores do destino da humanidade.
A bancada evangélica no congresso vem representando fidedignamente o que religião vem se tornando no Brasil: partido político, onde a vontade emana de um soberano, é imposta aos seus seguidores e executada por gente de mente pequena, disposta a aceitar tudo de forma automática, sem pensar nas consequências e no próprio valor moral por trás de tais atos.
O próprio Jesus cristo pregava a tolerância e a convivência pacifica entre os povos. Mas o que fazem tais líderes, dotados de discursos preconceituosos e certo poder persuasivo: convencem seus seguidores de que aquilo deve ser combatido, e como hipócritas, contradizem os próprios ensinamentos que dizem ser a base de suas vidas.
Até me lembrei do clássico filme Larânja Mecânica, do célebre Stanley Kubrick, que já em 1971 alertava para o crescente movimento que propunha a castração química de criminosos nos Estados Unidos e em alguns países da europa.
Agora eu me pergunto: será que a gente elege um deputado ou um senador para desperdiçar tempo e dinheiro discutindo a possibilidade de tamanho absurdo? Justo num país em que, apesar do recente progresso, ainda se vê ameaçado pelos fantasmas da fome e do desemprego?
Estamos diante de um grande perigo à democracia, em que uma ditadura ameaça se formar, agora de forma até mais violenta, onde o respeito à dignidade humana e à liberdade individual estão prestes a serem tolhidas, e sob o argumento único da “vontade de deus”.
E nesse dia, tamanha será a ignorância que alcançaremos que o mundo se tornará cinza, e a humanidade dará um imenso passo para trás, de volta à idade média, à idade das trevas!

Um comentário:

  1. Existem hoje, no mundo, pelo menos três pestes:
    - O alcoolismo;
    - a droga; e
    - o homossexualismo.

    Se analisarmos com mais detalhes encontraremos grandes semelhanças entre elas. E há pessoas que desejam sair dessa praga e precisam de ajuda.

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