Um projeto
recente da bancada evangélica no congresso propõe a elaboração de uma lei que
autorize o financiamento por parte do SUS de um “tratamento” para a cura dos
homossexuais.
Muito me
surpreende tal ideia, afinal, em pleno século XXI, em que acreditamos ter
superado os mais nefastos comportamentos humanos, de um passado maculado pelo
preconceito, pela intolerância, da incapacidade de aceitar diferenças, e muito
me assusta ver que ainda há pessoas que, assim como os nazistas no século
passado, acreditam poder eleger determinados comportamentos como inaceitáveis.
Dirijo essa
critica sobretudo à bancada evangélica do congresso, afinal, nada mais triste e
até mesmo nojento, repulsivo, do que a incapacidade de certos indivíduos de
aceitarem e conviverem pacificamente com aqueles que lhes são estranhos.
Seria o
homossexualismo uma doença, um mal a ser combatido, senão por simples
preconceito e imposição religiosa? Não seria a ignorância, o preconceito males
maiores, e esses sim dignos de serem combatidos?
O
homossexualismo é uma escolha, que cabe e só diz respeito ao próprio indivíduo.
Os homossexuais não querem, nem devem ser curados. Se há algo digno de cura é o
fanatismo religioso, que reina absoluto entre pessoas ignorantes, que
justificam seus preconceitos em ensinamentos religiosos quase sempre deturpados
por mentes doentias. Foi assim com o movimento ariano, do nazismo alemão, que,
em uma mobilização nacional, exterminou milhões de pessoas, simplesmente por se
acreditarem superiores e senhores do destino da humanidade.
A bancada
evangélica no congresso vem representando fidedignamente o que religião vem se
tornando no Brasil: partido político, onde a vontade emana de um soberano, é imposta
aos seus seguidores e executada por gente de mente pequena, disposta a aceitar
tudo de forma automática, sem pensar nas consequências e no próprio valor moral
por trás de tais atos.
O próprio Jesus
cristo pregava a tolerância e a convivência pacifica entre os povos. Mas o que
fazem tais líderes, dotados de discursos preconceituosos e certo poder
persuasivo: convencem seus seguidores de que aquilo deve ser combatido, e como
hipócritas, contradizem os próprios ensinamentos que dizem ser a base de suas vidas.
Até me lembrei do clássico filme Larânja Mecânica, do célebre Stanley Kubrick, que já em 1971 alertava para o crescente movimento que propunha a castração química de criminosos nos Estados Unidos e em alguns países da europa.
Agora eu me pergunto: será que a gente elege um deputado ou um senador para desperdiçar tempo e dinheiro discutindo a possibilidade de tamanho absurdo? Justo num país em que, apesar do recente progresso, ainda se vê ameaçado pelos fantasmas da fome e do desemprego?
Estamos diante
de um grande perigo à democracia, em que uma ditadura ameaça se formar, agora
de forma até mais violenta, onde o respeito à dignidade humana e à liberdade
individual estão prestes a serem tolhidas, e sob o argumento único da “vontade
de deus”.
E nesse dia, tamanha
será a ignorância que alcançaremos que o mundo se tornará cinza, e a humanidade
dará um imenso passo para trás, de volta à idade média, à idade das trevas!
Existem hoje, no mundo, pelo menos três pestes:
ResponderExcluir- O alcoolismo;
- a droga; e
- o homossexualismo.
Se analisarmos com mais detalhes encontraremos grandes semelhanças entre elas. E há pessoas que desejam sair dessa praga e precisam de ajuda.